Thursday, December 28, 2006

Consumismo



Fazendo uma retrospectiva historia podemos aperceber-nos que durante a revolução industrial existiu um grande crescimento,quer na produção industrial e agrícola, quer dos meios de comunicação. A criação destes postos de trabalho e consequente aumento de poder de compra originaram umfenómeno novo nas sociedades: o consumo ultrapassar a satisfação das necessidades básicas em estratos sociais alargados.


Ao longo deste texto irei tentar expor o meu ponto de vista e aquilo que penso que poderia melhorar o nosso estilo de vida.


Remontemos então ao séc. XVII que data de antes da revolução industrial. nesta altura todos os instrumentos e bens produzidos eram maioritariamente essenciais e feitos em menor escala; nunca em massa. Após esta revolução a produção foi aumentando cada vez mais, o que levou a que cada vez mais produtos estivessem disponíveis e a preço mais acessível, o que conduziu ao aumento substancial do consumo de bens supérfluos. O consumo aumentou de tal forma que talvez se possa dizer que nesta fase surgiu a primeira sociedade consumista, culminando com o Crash da Bolsa NovaYorquina.

Agora no séc. XXI, podemos assistir a uma forte alteração de prioridades e mesmo de valores. Estas novas necessidades foram-nos impostas com o propósito de satisfazer toda uma conjuntura que assenta na produção desmesurada de bens e que por isso tem necessidades de escoar esses produtos. A publicidade revelou-se como uma arma poderosíssima , apoderando-se dos media como principal força implementadora de modas, valores, status, enfim, modus vivendi. Criam-se as condições que vinculam a auto-realização do individuo ao consumo.

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Assim, proponho-me argumentar este tema, defendendo uma postura inconformada e consciente de que este não é de certo o caminho para a felicidade humana nem o garante do nosso futuro na terra, antes pelo contrário este é sem dúvida o cerne da problemática etiológica.



É certo que todo este desenvolvimento veio melhorar a qualidade de vida e todas as condições necessárias ao ser humano. Hoje mais do que nunca ele tem acesso a todo o tipo de ferramentas e estruturas para que se possa realizar em toda a sua plenitude. Mas esta evolução foi feita com vários contras e muitos deles, foram e tem sido ignorados, só agora entendemos o que eles vão custar ao planeta em que vivemos. Devemos então deixar que todas as politicas consumistas sejam abandonadas e entender que mais importante que valores monetários e compactuar com as técnicas publicitárias, é preciso adotar uma ideologia que tenha em conta o bem de todo o planeta. Uma vez que é possível ,pensando assim, termos o planeta que tanto almejamos e ao mesmo tempo tendo acesso a todas as ferramentas e bens que agora pensamos ser imprescindíveis... As politicas a adoptar deveram ter como imperativo aconsultoria cientifica uma vez que esta nos permitirá desenvolver estratégias que possibilitem o acesso a estes bens de uma forma sustentada que não ponha em risco o meio ambiente.



Vejamos por exemplo o caso de pessoas "famosas" que são constantemente utilizadas como modelos sociais. Estes vão ditar como se vestem e agem determinadas faixas etárias e pelo facto de uma delas utilizar o produto X, isso vai fazer com que todas as pessoas, que podem ser descritas como o seu publico alvo, usem esse produto. Aqui temos um exemplo de como a publicidade e os meios de comunicação, ainda que muitas vezes sem darmos conta, nos incutem ideias e comportamentos, controlados por eles.


No dizer de Alexis Carrel: “A nossa vida é influenciada em grande medida pelos jornais. A publicidade é feita unicamente no interesse dos produtores e nunca dos consumidores. Por exemplo, convenceu-se o público de que o pão branco é superior ao pão escuro. A farinha, cada vez mais finamente peneirada, foi privada dos seus princípios mais úteis. Mas conserva-se melhor e o pão faz-se mais facilmente. Os moleiros e os padeiros ganham mais dinheiro. Os consumidores comem, sem o saber, um produto inferior. E em todos os países em que o pão é a parte principal da alimentação, as populações degeneram. Gastam-se enormes quantias na publicidade comercial. Assim, imensos produtos alimentares e farmacêuticos inúteis, e muitas vezes prejudiciais, tornaram-se uma necessidade para os homens civilizados. Deste modo, a avidez dos indivíduos suficientemente hábeis para orientar o gosto das massas populares para os produtos à venda desempenha um papel capital na nossa civilização.”


Podemos ainda relembrar um dos primeiros problemas associados ao consumismo em que os modelos Ford T tiveram uma grande procura inicial, devido ao facto de serem bastante baratos, bons e também de o poder de compra ser bastante razoável, o que se revelou passado algum tempo um completo prejuízo, uma vez que toda a gente já os possuia e o seu valor passou a ser muito reduzido. A sua oferta era muito inferior à procura.


Devemos então ter cuidado e atenção com todos os "esquemas" e formas que são utilizadas pela maquina publicitária impingindo-nos , mesmo sem sabermos, os seus produtos, opiniões e valores.


Podemos reflectir que na sociedade actual se tornou difícil o livre pensamento e aquilo que sempre foi dito como a única coisa verdadeiramente livre está agora mais controlada que nunca. Ainda assim, podemos e devemos fazer uma filtragem e reflexão sobre tudo aquilo por que somos "bombardeados". Estará a nossa liberdade "democraticamente" em risco?Não pretendo ter uma visão apocatiptica da realidade, penso que seremos inteligentes e que a reflexção urge!

Sunday, October 29, 2006

Ainda sobre os ditos filmes

Quando falas do retroactive e do matrix, sou forçado a discordar com uma comparação entre eles, uma vez que os filmes em causa vão abordar temas diferentes. O primerio vai abordar um tema ligado ao Determinismo Vs Libertismo, enquanto que o segundo, embora tambem toque na questão do ja falado, foca-se muito mais numa questão da realidade subjectiva, e do nosso papel na sociedade.

No retroactive podemos concluir que as nossas acções vão ser reflectidas no futuro e isso faz do Homem um ser condicionante e libertista. Assim o principal tema abordado por ele é, como ja referi, o determinismo e o libertismo.

Já durante o matrix apercebemo-nos claramente que a principal area que o filme aborda é a passividade da realidade em que a nossa sociedade se incere e participa, de alguma forma controlada por "maquinas" que vão uma metaforizar os "organismos" que por sua vez vão controlando a mente de uma sociedade que se comporta como um "rebanho", seguindo as regras e comportamentos impostos por diferentes meios de persuasão.
Podemos apercebermo-nos de um exemplo claro disso, com a publicidade que inconscientemente nos vai dizer tudo aquilo que devemos ou não comprar e até controlar comportamentos. Penso, que o matrix faz um apelo a que acordemos desse controlo inconsciente que nos é imposto e então encaremos a realidade como ela é, de maneira propria e com vontade verdadeiramente livre.
Tambem podemos abordar o filme como que de uma visão niilista em que toda a realidade que nos rodeia é abstrata e que não existe, em que nada existe de absoluto.
Como qualquer interpretação ou analise que se possa fazer existem sempre varios pontos por explorar e de certo várias refutações possiveis, deixo por isso o espaço aberto para esse mesmo fim, esperando não criar mais nenhum desentendimento, uma vez que como digo as discussoes, desde que saudaveis, são sempre bem vindas ;)

Saturday, October 28, 2006

Pontos de vista

O retroactive é um filme de 1997, tem 9 anos, o que faz dele um filme que já não é propriamente actual.

Paulo, se discordas da minha opinião devo dizer-te que não fiz qualquer apreciação ao filme do ponto de vista tecnico, mas sim do tema que ele aborda e da sua “estoria”

Gostava de saber qual o teu conceito de “bom filme” ou de filme com estoria coeirente, mas se na tua opinião, é “um filme que retrata um tema ultrapassado”, podes tentar informar-te com a Brussels International Festival of Fantasy Film que lhe atrubiu o Silver Raven pela “aproximação inovadora e fresca que Louis Morneau trouxe a este genero” e falar do teu ponto de vista e de como achas o filme “uma história ridícula demais para ter o mínimo de coerência ou ter sentido.” ou tambem se apensas que “o filme não é nada de especial“ podes tambem falar com Louis Morneau, que, como ja deves saber, é o realizador do filme, que mais uma vez teve uma menção especial pelos efeitos especiais na Málaga International Week of Fantastic Cinema.

Como deves tambem saber, este filme ganhou 6 prémios internacionais e foi nomeado para mais 3, entre eles ganhou o premio de melhor filme no FantasPorto em 1998.

Gostaria de te poder ilucidar um pouco mais e entender as tuas razoes para discurdares com o que disse, mas deivido à “incoeirencia” dos argumentos utilizados, ou à minha incapacidade de entender a tua opinião, não me é possivel estroturar uma melhor resposta.

Friday, October 27, 2006

Retroactive

Decidi comentar este filme porque gostei bastante do seu conteudo e principalmente da sua "mensagem" ou da, se é que lhe posso chamar, analogia por ele criada.
Quando vemos este filme, apercebemo-nos claramente que a intenção do autor não é proporcionar-nos uma mero tempo de recriação e lazer.
Independentemente dos conjuntos de acções ou das hipoteticas hístorias estarem cada uma delas mais ou menos bem construidas ou interpretadas, o que vamos vislumbrando ao longo do filme é que na sua interacção nos vai sendo introduzida uma questão, deveras actual e da qual a filosofia se ocupa desde sempre.
Independentemente ainda de acreditarmos ou não em Deus, e qualquer que seja o nome que lhe queiramos dar enquanto conceito, ele é-nos sempre apresentado como sendo omnipotente e onmisciente.
O autor do filme serve-se da maquina do tempo, para dotar o comum dos mortais destas faculdades. Colocando, pela omnisciecia, ainda que pontual, o homem no papel de Deus, faz-nos reflectir sobre se seria desejável ou não, tal nos ser permitido, (ao homem) pequenos momentos de intervensão sobre o percurso da humanidade em que cada vez se torna mais possivel fazer este papel. Ainda que pequenos, esses momentos, as suas consequencias poderam ter consequencias desmedidas e inimaginaveis, como de forma simbolica nos mostra este filme, exactamente pelo facto da nossa omnisciencia não ser total e da nossa capacidade de acção estar condicionada.
Penso que temos que considerar duas questões relativamente ao determinismo e à liberdade ou libertismo. Julgo que o determinismo se constitui no conjunto de circunstancias alheias à sua vontade. A liberdade, por sua vez, é exercida, na medida em que pode constituir a diferença na acção face as mesmas condicionantes, modificando o conceito de determinismo. Assim penso que o homem é um ser determinante e determinado, condicionado e condicionante.

Clichê

Bem, neste primeiro post vou tentar mostrar-vos mais ao menos o conteudo que pretendo espor no blog e tambem as razoes que me levaram a cria-lo.
Para dizer a verdade não o criei com nenhum intuito principal, mas talvez com a vontade de ter, como de certo muita gente ja o fez, um canto meu e um local onde posso tambem passar algumas ideias e libertar-me, de alguma forma, do stress rotineiro que nos é imposto nesta sociedade.
Posso tambem avisar, até ja devem ter reparado, que dou bastantes erros ortograficos, é algo que tento evitar mas sempre dei muitos e por vezes o raciocineo de pensamento a que as ideias fluem na minha cabeça é de tal forma atrapalhado, ou rapido, que não tenho um tempo de reação que acompanhe a enércia, ou falta dela, transmitida para os membros... ^___^
Dei este titulo ao meu primeiro post visto que muito daquilo que vejo actualmente nos blogs, não passa de cliches, de frazes feitas e refeitas e ja moldadas para uma sociedade e para uma mentalidade feita pela publicidade e vontade de alguns. Desta meneira tento fazer uma critica a este esquema , tão prefeitamente montado, que tão bem controla vontades e gostos; mesmo assim ainda obedecendo e fazendo a vontade a uma certa necesidade de massificar tudo o que fazemos e a criar mais um lugar que por sua vez vai contribuir para o que anteriormente critiquei, mas espero que tal acto não seja em vão. Postriormente tentarei ilucidar de uma forma menos subjectiva este tema.
Espero que este meu pequeno espaço seja do vosso agrado, se não for, tenho a certeza que haverá ainda muitos outros, onde se poderão identificar mais... (lol)
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