Friday, October 27, 2006

Retroactive

Decidi comentar este filme porque gostei bastante do seu conteudo e principalmente da sua "mensagem" ou da, se é que lhe posso chamar, analogia por ele criada.
Quando vemos este filme, apercebemo-nos claramente que a intenção do autor não é proporcionar-nos uma mero tempo de recriação e lazer.
Independentemente dos conjuntos de acções ou das hipoteticas hístorias estarem cada uma delas mais ou menos bem construidas ou interpretadas, o que vamos vislumbrando ao longo do filme é que na sua interacção nos vai sendo introduzida uma questão, deveras actual e da qual a filosofia se ocupa desde sempre.
Independentemente ainda de acreditarmos ou não em Deus, e qualquer que seja o nome que lhe queiramos dar enquanto conceito, ele é-nos sempre apresentado como sendo omnipotente e onmisciente.
O autor do filme serve-se da maquina do tempo, para dotar o comum dos mortais destas faculdades. Colocando, pela omnisciecia, ainda que pontual, o homem no papel de Deus, faz-nos reflectir sobre se seria desejável ou não, tal nos ser permitido, (ao homem) pequenos momentos de intervensão sobre o percurso da humanidade em que cada vez se torna mais possivel fazer este papel. Ainda que pequenos, esses momentos, as suas consequencias poderam ter consequencias desmedidas e inimaginaveis, como de forma simbolica nos mostra este filme, exactamente pelo facto da nossa omnisciencia não ser total e da nossa capacidade de acção estar condicionada.
Penso que temos que considerar duas questões relativamente ao determinismo e à liberdade ou libertismo. Julgo que o determinismo se constitui no conjunto de circunstancias alheias à sua vontade. A liberdade, por sua vez, é exercida, na medida em que pode constituir a diferença na acção face as mesmas condicionantes, modificando o conceito de determinismo. Assim penso que o homem é um ser determinante e determinado, condicionado e condicionante.

3 comments:

Paulo Renato said...

Desculpa não concordar, mas o filme não é nada de especial. Nota-se claramente que é um [i]low-budget movie[/i] com uma história ridícula demais para ter o mínimo de coerência ou ter sentido.

Além disso, do ponto de vista técnico, está mal realizado. Para o tipo de filme que é, tornou-se extremamente extenso e aborrecido ao fim da primeira hora.

Quanto à história não há muito a dizer... Pega num tema filosófico mais que discutido no passado e sem o mínimo de interesse actual. Determinismo é um tema morto e enterrado à muito.

Matrix voltou a traze-lo aos dias de hoje, mas não fica pelo cinema.

Leandro Pinto said...

Ó Paulo deves-te achar mt importante Tás sempre a discordar da nossa opinião e falar das [técnicas]

Por acaso até nem desgostei do filme, e até tinha um bom fundamento atrás da história Acho k o Gaspar até teve bem na descrição do filme, mas tinhas k vir falar da [técnicas]
Não percebo porque é k achas k o filme tá mel realizado, mas tá bem


ASS: NUNO CORDEIRO (Não tenho Gmail)

Paulo Renato said...

Se não se pode criticar qual é o objectivo de isto estar aqui?...

O gaspar ao fazer o post certamente que espera ouvir outras opiniões que não sejam iguais à dele e não tem nada a ver com achar-me ou não importante...

Quanto ao que disse sobre o ponto de vista técnico do filme, é apenas a minha opinião. O filme ao repetir constantemente aquela volta ao passado acaba por tornar-se repetitivo demais. O filme só teria ficado a ganhar se tivesse terminado 20/30 min mais cedo.Teve piada ao ínicio, mas depois...

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